domingo, 3 de julho de 2011

Conversa Fiada

Date: Sun, 3 Jul 2011 13:09:27 -0700
From: caio_shuster@yahoo.com.br
Subject: Olá



Oi. É Caio! Tá viva?


Date: Sun, 3 Jul 2011 13:29:22 -0700
From: catia_wester@yahoo.com.br
Subject: RE: Olá


Hahahaha! Rachei o bico quando li "É Caio!"! Tchê, eu tô viva! E com saudade de ti! Sem mentira, essa semana fiquei pensando que tinha que te contar as novidades, que queria que tu estivesse aqui perto. 


Hoje fiz vestibular para começar Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, estou trabalhando de Gerente de Contas Interno (vulgo vendedora) na Dell Computadores e, semestre que vem, começo francês, para em 3 ou 4 anos me mudar para Québec-Canadá com o Diego. Ufa! 


Cansei, hehehehe. Química, nunca mais! Acho...


Ah, no próximo findi vou no chá de "flarda" da Karinhosa! Tu sabia que ela tá grávida, né?

E tu? Me conta as coisas por aí!!
Bah, que saudade das nossas risadas (rir é sempre melhor!! :D)

Date: Sun, 3 Jul 2011 13:45:27 -0700
From: caio_shuster@yahoo.com.br
Subject: RE: Res: Olá

Eu tenho estado viajando bastante por aí! E por aqui tb. Inclusive, estou por aqui e ficarei até o fim de julho.

Talvez eu volte pra cá, pra trabalhar na Refinaria de Esteio, se Deus quiser. Detesto Curitiba, tô com um leve nojo de lá.

Eu quero aprender francês, talvez queira ir pra Quebéc-Canadá, mas infelizmente não sei quem é o Diego.

A Rúbia, a Rubona, me assusta às vezes. Ela sempre entra no msn e fica dizendo que tem muitaaaaaaaaaaaaaaaa saudade e que quer marcar alguma coisa e que estava pensando em mim e que pode ser qualquer dia, mesmo que ela tenha aula que ela falta. Eu fico com medo  e não respondo. Quem tem tanta saudade de alguém assim?

Eu tenho um filho, o rafi. É um cachorro, por enquanto. Quer dizer, ele sempre será um cachorro, mas tô querendo ter um filho em breve. Ontem vi no Caldeirão do Huck um bebê chamado Lucas, lindo, bem o modelo que eu quero.

Tu vai no chá de 'flarda' da Karin? (adoro esse dialeto desenvolvido pelas tias de antigamente - flarda, adevogada, antepática...) Tu chamou ela de Karinhosa e confesso que demorei um pouco a ligar o nome à pessoa, afinal, já tô com 30, né?! E também ela nem era tão carinhosa assim.

Sim, como tu falou, rir é sempre o melhor, e as risadas que dávamos...ah, essas sim me dão saudade!

No fundo, eu tô com saudade de ti. Muita. Dessa nossa maldade intrínsica, desse nosso senso de humor negro, desse tempo bom que passamos juntos. É, agora entendo a saudade da Rubona.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tá na hora?

Hoje eu li uma daquelas tantas frases clichês que inundam a internet e que normalmente a gente nem dá mais atenção de tanta preguiça que nos causam. Ela dizia assim: 'Se você não tem aquilo que deseja, é porque ainda não é a hora'. Bem, não era assim, não. Era uma coisa mais rebuscada e piegas, irritante, mas que no fundo queria dizer isso ali mesmo. Me fez pensar bastante.

Normalmente essas frases, assim como e-mails em Power Point e correntes para ajudar menininhas necessitadas de cirurgias esdrúxulas, passam batidas pelo meu radar, não dou a mínima atenção. Mas essa veio bem de encontro às minhas duvidas existenciais e que, nessa semana, estão fervilhando na minha cabeça mais do que nunca. Porque às vezes fica tão difícil de atingir meus objetivos? Por que as coisas que sonho pra minha vida parecem se distanciar de mim conforme o tempo passa quando, na verdade, o caminho normal seria o oposto? Porque eu não tenho tudo o que eu quero na hora que eu queeeeeeeeeeeeeero?????

Eu fico muito aflito quando me dizem: 'Calma, um passo de cada vez! Logo você chega lá, você é novo ainda'! Não, eu não sou mais tão novo assim, o tempo está passando e muitas coisas estão ficando para trás. Sim, eu sou ansioso e irritante, eu quero as coisas quando eu quero, e faço tudo pra consegui-las! Mas, Eduardo, meu amigo, você só terá as coisas na hora certa e quem determina a hora certa não é você, nem suas vontades, manhas ou birras. Tem algo ou alguém maior por trás de todo esse grande espetáculo da vida, não adianta a gente ficar esperneando.

Pensar dessa forma nunca me desceu muito bem, parece papo de preguiçoso sem ambição que prefere esperar as coisas caírem do céu do que ir à luta, mas hoje essa ideia me faz muito sentido. Temos que fazer a nossa parte mas também temos que saber aceitar e esperar. Ouvi de uma muçulmana que a nós cabe a nossa sorte, pouca ou muita, e lágrimas não adiantam, não vão mudá-la. Uma amiga luterana sempre disse que Deus fala conosco e atende nossos pedidos feitos em oração. Mas, às vezes Ele diz sim, outras diz não e, em algumas vezes, diz: Não ainda! Avaliando as coisas dessas perspectivas, enxergo que tudo tem sua hora, tudo acontece no momento certo. Nem um minuto mais cedo, nem um minuto mais tarde.

Vejo que tenho muitos sonhos, muitos desejos, muitas vontades e quero tudo junto ao mesmo tempo e rápido demais. Será que eu saberia lidar com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo? Eu seria mais feliz se tudo acontecesse agora? Eu me tornaria uma pessoa melhor? Provavelmente, não! Então é bom esperar. Não vou ficar sentando, esperando que as coisas aconteçam do nada, preciso trabalhar pra isso. Mas com tranquilidade, sabendo que preciso plantar pra colher e colheita nenhuma é feita no dia seguinte ao plantio.

PS.: Uma dia eu me apaixonei de uma maneira louca, e aconteceu tudo de uma vez. Foi tudo muito lindo, muito intenso, muito rápido e muito perigoso. Acabou terminando antes da hora, e trouxe muito sofrimento. Sofri porque havia muito sentimento, e um sentimento tão forte que foi impossível de manter sobre controle. No momento mais difícil, logo após o rompimento, ouvi de uma amiga: 'não se preocupe, tudo vai dar certo. Essa dor vai passar e algo melhor vai chegar, confie. E talvez esse melhor seja vocês juntos, mas daqui um tempo'. E foi o que aconteceu. Quando queremos tudo de uma vez, vamos com muita sede ao pote. É melhor ir com calma e saborear cada momento com muito prazer. Hoje sou muito feliz, muito mais que antes, mesmo que as coisas estejam num ritmo mais lento. Tudo está acontecendo na hora que deve acontecer.

PS.: Tem alguém muito mais do que especial que vai passar um tempinho no hospital amanhã fazendo uns ajustes finos. Ó, tô aqui orando por ti, ansioso pra te ver logo esbanjado saúde, viu?! Não é nada grave, mas a torcida e os pensamento positivos tão a todo vapor por esses lados de cá! Um beijo procê.

Ass.: BabyBeef

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O gosto da vida!

Faz uns dias que comecei a levar a sério minha reeducação alimentar. Sempre dizem que namorar faz engordar e faz mesmo! Quando estamos juntos é um tal de experimenta comida daqui, conhece restaurante novo dali, que o organismo não aguenta e toda a costela no bafo e os sashimis de peixe branco ingeridos em excesso começam a se depositar nos flancos e baixo ventre. Cortei, então, as extravagâncias, assim como os doces, as frituras, os refrigerantes e carboidratos dispensáveis. Resultado: alguns quilinhos a menos e um tantão de infelicidade.

Em tempos de tecnologia avançada, eu baixei um app no meu iPhone pra me ajudar na dieta. É um programinha baseado numa famosa dieta publicada num livro tempos atrás, que calcula o número de pontos que posso ingerir por dia baseado em quanto peso quero perder versus o necessário pra eu me manter vivo e em pé. Todas as hortaliças e frutas tem bem poucos pontos. Do mesmo modo o tofu, a água e o chuchu. Já a picanha, a batata e o gorgonzola, não. Eles estouram os pontos. Logo, é um jogo de matemática, equilíbro e sofrimento.

Pra não ser tão ruim assim e diminuir meu desespero, fui atrás de receitas lights e pouco calóricas porém saborosas. Coisas como couve-flor ao forno com tomate e berinjela e falso strogonoff de proteína de soja. Parece bom? Não é. Mas é saudável, e para seguir nessa linha, resolvi fazer uma receita dada por uma amiga pra matar a minha fome de doces de uma forma correta: Mousse de Cereja pra Comer Sem Culpa.

A receita é bem simples:

1 gelatina de cereja Zero Açúcar Royal
1 copo de iogurte natural desnatado

Prepare a gelatina conforme instruções da embalagem, leve ao refrigerador até consistência firme. Bata no liquidificador com o iogurte e retorne à geladeira por mais 30 minutos. Está pronta uma deliciosa sobremesa pra se comer sem culpa. Sem culpa, sem caloria, sem prazer e sem graça! O treco tem bastante sabor de água colorida e só faz eu sentir enormes saudades do Leite Moça. Tenho certeza que foram anjos do céu que desceram à Terra e criaram o Leite Moça. O Diabo com inveja, o encheu de calorias!

Bom, brincadeiras à parte, a sobremesa não é tão ruim, nem as outras receitas. Elas são saudáveis e me ajudam a controlar o peso. Mas sempre fica aquela perguntinha: e o sabor? Não o sabor dos pratos, por que até que são gostosinhos, quero saber do sabor da vida. Precisamos ter uma vida equilibrada e saudável, cuidar das finanças, pagar os impostos, não jogar lixo nas ruas, respeitar os idosos, não furar filas, respeitar o trânsito, não beber álcool em excesso, praticar diariamente exercícios, ou seja, viver de couve-flor no forno e mousse de cereja light. Mas, e o torresminho do happy hour e o Leite Moça direto da latinha no meio da noite?

Posso ser condenado e posso até sofrer com minhas contravenções, mas duvido que consiga me manter sempre na linha reta sem uns desviozinhos eventuais, e acho até que não faz mal! Mal faz essa dieta espartana na comida e na vida. Tudo que é radical não funciona, não vai longe, seja minha dieta ou a Luciana Genro do PSol. A resposta pra vocês, e principalmente pra mim, é: equilíbrio. Não vou abandonar as dietas mas perdoem se um dia desses me virem grudado numa latinha de Coca-Cola furando a fila do cinema.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Great Expectations

E a expectativa, o que é? Uma projeção do que queremos? Uma esperança? Um desejo de que o desejo se torne real? Sei lá, fico perdido. E cada vez que digo que não vou criar expectativas, me traio. Hoje aconteceu de novo, não consegui me controlar e me frustrei mais uma vez ao saber (e conferir!) que O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo não só não é o melhor, como nem ao menos é bolo!

No fim de semana, conversando com uma amiga, discutimos sobre essa confeitaria chamada O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo: uma confeitaria portuguesa famosa que tem filiais aqui no Brasil, e só nos endereços mais finos do nosso país. Fiquei intrigado e doido pra experimentar pois sou mais do que fã de doces portugueses. A expectativa foi lá em cima. Hoje pela manhã ela me informou que havia sido inaugurada uma franquia da confeitaria aqui em Curitiba e decidimos ir à noite pra tirar a prova real. Meu dia inteiro foi dedicado a imaginar como seria essa experiência.

Chegamos ao shopping, avistamos o local e corremos pro crime. O bolo é um crime. Primeiro porque é absurdamente caro, segundo porque não é bolo, e terceiro porque não é bom! É apenas um empilhado de mousse de chocolate com camadas finas de merengue, tudo isso doce pra dedéu. Resultado: frustração! Desculpem-me os proprietários e fãs da marca, isso aqui é apenas a minha humilde opinião que não visa denegrir de forma alguma a imagem idônea da empresa. Meu intuito aqui é falar de como eu, bobinho que sou, mais uma vez deixei minhas expectativas crescerem e me guiarem para a via dolorosa da decepção!

O bolo foi de menos. Decepcionou, sofri e passou num piscar de olhos. Mas, e as outras expectativas que alimento na vida? Essa semana estou sendo corroído por elas, inúmeras, todas muito mais importantes do que o famigerado bolo. Umas acabam hoje, outras amanhã, algumas na sexta, outras continuarão crescendo, não consigo me livrar delas. Mas devia, bem não fazem! E o pior das expectativas, é que tem umas que não posso dividir com ninguém, só espero ansioso saber se elas serão atingidas ou não. E sei que muitas não serão. É difícil esperar esperando muito de alguma coisa, ou de alguém. Me entendem?

Eu não quero esperar nada, não quero pôr um peso nas costas de alguém que nada tem a ver com essa minha estranha mania de criar expectativas! Cada um tem que ser o que se é, cada coisa deve acontecer da forma que está destinada a ocorrer, e a nós nos cabe lidar com a situação quando ela se apresentar. Infelizmente só consigo falar da boca pra fora, eu não consigo não esperar nada. Mas vou trabalhar nisso, tenho grandes expectativas de que conseguirei me curar! 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E como passa o tempo...

Depois de quase um mês longe daqui, vejo que preciso voltar! Não tô cumprindo o trato, não tô mantendo a disciplina, tô usando outros canais pra me expressar quando, na verdade, eu criei isso aqui pra essa finalidade. Nesse quase um mês que passou muita coisa aconteceu, mas foi tanta coisa que eu nem sei por onde começar. Só que eu vou, e acho que vou começar do começo.

Eu tava com a idéia fixa de que só o sofrimento e as desilusões é que dão a inspiração necessária pra se produzir um bom material. Mas, afinal, o que é um bom material? E bom pra quem? Eu sei que sou perfeccionista, e daqueles bem estranhos, que prefere não fazer a fazer algo meia-boca. Talvez eu seja é preguiçoso, e não perfeccionista. Vai saber.

Bem, como eu falei, aconteceu muita coisa e, principalmente, tem muita coisa acontecendo. Nem só de dores de amor viveu e viverá esse blog. Tem pai, tem mãe, tem anseios, tem trabalho, tem mais primeiras vezes, tem dores - outras dores, mas tem as dores de amor também! - e tem alegrias, e tem surpresas e tem AMOR! Quero falar muito de amor, de fotografia, de amor, de viagens, de amor, de cozinha, de amor... Mãos à obra!

Ah, só tem uma mudança importante que preciso informar antes de começar do começo: mudou quem escreve o blog. Antes era um desiludido sofredor que não queria desistir de amar, hoje é um amoroso e amado apaixonado namorado! Bem vindos de volta!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estrela Cadente

Se hoje eu olhasse pra esse céu lindo, limpo e visse uma estrela cadente, e pudesse fazer um único pedido, unzinho só, ele seria: Estrela, estrelinha, me ajude a não mergulhar de cabeça! Nem na piscina, nem no mar de Ipanema, muito menos no amor. Muito menos no amor.

Como que faz, Estrelinha? A gente gosta, o coração tá cheio de coisa boa, de planos, de alegria, e ele então acelera, aceleeeeeeeeera! A cabeça daí chega e manda por o pé no freio, só que ele não quer obedecer. Como que a gente faz, hein?! Eu não vi você hoje, Estrelinha, acho que você não estava afim de cair, de ser estrela cadente! Mas o meu coração, esse bobo, tá louco pra despencar e se entregar! Eu tô avisando - vá com calma! - mas acho que ele não me ouve mais e uma ajuda sua cairia muito bem, com o perdão da redundância. Então... CAIA, Estrelinha, pra que eu possa fazer-te o meu pedido!

O tempo passa, a gente cresce e amadurece. Aprendemos com a vida e aprendemos também que tudo tem o seu tempo, que devemos saborear lentamente o melhor dessa nossa jornada. Que lindo isso! No papel, porque quem se apaixona tem pressa.

Estrelinha, dessa vez eu quero quero ir com calma, quero aproveitar cada segundo devagarzinho pra que tudo dure, e dure muito, dure pra sempre. Sozinho eu sei que tá dureza, por isso, CAIA LOGO, pôxa! Caia logo, eu tenho um pedido urgente a fazer.

PS.: Esse post de hoje é em homenagem a uma estrela muito brilhante, que me deixou já faz 9 anos (mas parece que foi ontem!). Hoje seria o aniversário dela! Brilha, vózinha, brilha e continua mandando tua luz aqui pra gente! O amor que conheci em ti é a coisa mais linda que levarei pra sempre comigo!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

As Quatro Estações

Eu não consigo conviver comigo mesmo, parece que vivo as quatro estações num mesmo dia! Como numa terra afetada pelo aquecimento global, meu clima interno está completamente desregulado, desgovernado.

À tarde choro, caem lágrimas como caem as folhas no Outono. Na verdade, caem mais!

À noite estou duro, frio como uma lâmina, sofrendo gelado como no mais rigoroso Inverno!

Na madrugada a ansiedade bate à minha porta, e chega linda como as flores na Primavera. Linda e avassaladora, como a esperança que volta a nascer no meu peito.

De manhã, vivo o Verão mais alegre, daqueles cariocas, só sorrisos e banhos de mar! Mas até quando?

Tudo isso é culpa do Aquecimento Global! Ele vem e me aquece por inteiro, põe um calor danado no meu peito, tanto que até sinto um efeito estufa! Seria cômico se não fosse trágico!

Bem, o que sei é que o G10 tá reunido e tomando suas providências: vai acabar com esse calor. Deixar ele bem longe de mim. Ou é isso, ou eu me queimo de vez!

sábado, 16 de abril de 2011

My Wild Days Are Gone

E chega um dia que a gente olha no espelho e não reconhece mais aquela pessoa que aparece. Quando foi que ela chegou? Quando foi que ela veio de mala e cuia, e se instalou nesse corpo sem pedir licensa, botando essa banca toda? Não sei, mas graças a Deus ela veio! 'Obrigado por ter chegado, você é muito bem vindo e estava sendo aguardado ansiosamente.'

Pra alguns pode parecer velhice ou chatice quando seu melhor amigo perde aquele pique para as noitadas regadas a muita loucura, quando prefere ficar uma sexta à noite lendo um livro, quando acorda cedo num domingo pra fazer uma caminhada e depois um almoço praquela amiga que agora parece ter tomado seu lugar na vida dele. 'Meu amigo perdeu todo seu charme.' Não, ele não perdeu nada, ele ganhou. Ganhou uma coisa chamada maturidade, e um dia você ganhará também.

Todo mundo acordará assim, diferente, um dia. Uns mais cedo, outros mais tarde. Assim como na volta de uma festa sempre tem aqueles que precisam dormir um pouco mais, também é na vida. Mas todos acabam acordando. E nesse dia você deixa algumas coisas  pra trás e, em compensação, um mundo de novas possibilidades se abre à sua frente.

Eu sempre pensei que, quando esse dia chegasse pra mim, minha vida teria acabado. Era o fim da diversão, o fim da bebedeira, o fim das farras, do sexo fácil. O FIM! E o que eu descubro? Descubro que a vida recomeça agora! Novos sonhos, novas necessidades, novo fôlego. Um garotinho com mais uma vida inteira pela frente!

PS.:Também descobri que sofrer por amor é melhor do que não amar. Que ciúme, assim como mágoa e inveja, só dói em mim. Que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. E que ninguém nessa vida vale mais para mim do que eu, porque, no final, serei só eu e eu mesmo. E não é egoísmo, não. É amor-próprio.

I'll be Waiting

Então, na vida da gente passamos por tanta coisa. Ultimamente tenho sentido algumas mudanças drásticas no meu comportamento. Tanto que isso será tema do próximo post. Mas eu preciso dizer aqui que sempre achei que quando estamos sofrendo, precisamos nos animar, sair, ouvir músicas alegres e blá blá blá! Não, precisamos sim entender por que estamos sofrendo e tratar disso! E se durante esse tratamento tu não quiser sair, quiser ouvir Adele e comer chicória, pois bem: faça! Mas não se abale! Vá em frente em busca da cura! Teremos muito tempo pra rir da vida ainda, e aproveitarmos cada momento dela!

Bem, então, só pra ilustrar esse momento mais intimista que tô vivendo, vai aí uma letrinha da minha querida Adele! :D Sei lá, acho que esse último cd dela, Deus encomendou para mim, pois ele já sabia o que eu viveria e 70% das músicas se encaixam perfeitamente!

I'll be Waiting


Hold me closer one more time,
Say that you love me in your last goodbye,
Please forgive me for my sins,
Yes, I swam dirty waters,
But you pushed me in,
I've seen your face under every sky,
Over every border and on every line,
You know my heart more than I do,
We were the greatest, me and you,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,
I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Let me stay here for just one more night,
Build your world around me,
And pull me to the light,
So I can tell you that I was wrong,
I was a child then, but now I'm willing to learn,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,

I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
I know I left you speechless,
I'll be waiting,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A dor que mais dói

Eis que acordo meio desanimado, chateado, pensando em quão injusta a madrasta vida está sendo comigo. Quero relaxar e espairecer assistindo algum desses programas matinais que ensinam a fazer bolo de ricota ou a emagrecer com farinha de jaboticaba verde. Enfim, não quero complicação pro meu lado. Ligo a televisão e qual não é a minha surpresa quando, ao invés de uma loira e um papagaio, eu vejo repórteres, sangue, dor e muita violência. Realmente, a madrasta, que não é só minha, começou cedo seu expediente.

O que se passa pela cabeça de um jovem de 24 anos que resolve acabar com sua vida, mas não sem antes levar embora o futuro de 12 crianças? Nunca saberemos. O que sabemos é o que fica: a dor. Impossível não se comover com a mãe desesperada em frente a escola do filho querendo saber se o menino que ela cuida há 14 anos, que ama mais do que a si mesma, está vivo ou morto dentro da sala de aula pra onde veio cedo de manhã aprender a ser um homem melhor. Eu chorei. Chorei muito por ela e com ela. Que pavor a dúvida.

A gente sempre acha que essas coisas não acontecem pelos lados de cá, esses massacres são coisas dos Estados Unidos e seus lunáticos. ' - Aqui não'. Mas aconteceu no Rio, aconteceu no Rio e poderia ter acontecido em Porto Alegre ou Fortaleza. A violência é vizinha de todos, ela paga IPTU caro também, não se enganem. O que fica pra mim é a certeza de que ninguém está livre de chegar ao ponto final precocemente e a única maneira de mudarmos esse cenário é desenvolvermos em nossas crianças - e em todos nós! - uma consciência coletiva de respeito e humanidade, de família, de respeito à vida, seja ela madrasta ou mãe carinhosa. E isso é urgente, ou aquela mãe não será a única a sofrer em frente às câmeras. Todos nós acabaremos compartilhando um dia dessa dor, que é a dor que dói mais. A dor da saudade de quem nos deixou muito antes da hora.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os Outros

Aproveitando que tem show deles aqui em Curitiba dia 14, posto esse clipe curtinho, duma música forte, suavemente cantada pela Paula Toller. I mean it

Kid Abelha - Os Outros (Acústico MTV)

Um até logo...

Demorou, mas enfim chegou a hora. Eu tentei evitar porque despedidas são doídas, são sofridas. Mas um dia chega a hora e a nossa chegou. É melhor eu não me alongar, o ônibus já está ali, quase partindo, e ficar aqui só vai nos machucar mais. 

Eu tentei trocar a passagem várias vezes, trocar o horário, trocar o destino, te levar junto, mas não deu. Você tem suas coisas aqui, a casa precisa de um jeito, tem muita roupa pra lavar, muita coisa pra organizar. Tem que arrastar os móveis, viu, tem poeiras de tempos atrás que também precisam ser limpas. Perdão, você sabe o serviço a fazer.

Eu vou, vou chegar bem, e tenho um novo trabalho que vai exigir muito de mim. A memória foi feita pra lembrar, não pra esquecer. É um grande desafio, mas vou arregaçar as mangas e não vou fugir dele. Tenho também a minha casa pra montar, tu lembra que deixei as janelas abertas ao sair e a última ventania acabou bagunçando tudo por lá. Vou ter bastante serviço, mas tenho os braços fortes.

Então é isso, estou indo. Qualquer dia apareça por lá, tu sabe que pra mim é mais difícil vir para cá já que tu não gosta de receber visitas sem aviso. Aparece, vou estar de braços abertos te esperando, com um chimarrão quente e boas risadas pra lembrarmos do melhor tempo da minha vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma das mais lindas estórias...

Brandi Carlile - The Story

Um Conto Infantil

Era uma vez, no sul da Índia, um pequeno filhote de elefante que havia se perdido da manada e ficara rondando uma aldeia em busca de comida e proteção. Vários meninos tentaram domar o elefantezinho sem nenhum sucesso, pensavam até que esse seria um animal selvagem para sempre e acabaria morrendo sozinho. Até que um dia chegou à aldeia um jovem rapaz vindo do sudeste indiano e conquistou a simpatia do pequeno animal.O rapaz, então, prendeu o elefante com uma corda bem forte, dessas bem fortes mesmo, quase indestrutíveis, que duram uma vida toda - e uma vida longa! - e o amarrou a uma pequena estaca. O elefante até tentou soltar-se algumas vezes mas logo percebeu que era impossível, estava refém do rapaz.

O tempo foi passando e o rapaz era agora um homem e o elefante um grande animal, tão grande quanto o sentimento que nutriam um pelo outro. O carinho e o cuidado entre eles era gigante, mesmo sendo o elefante desajeitado às vezes e acabar machucando o indiano com suas enormes patas e o indiano esquecer vez ou outra da comida preferida do elefante. Era invejável a relação entre os dois e por toda a Índia se comentava desse amor. O indiano não deixava o seu elefante e o elefante, ainda que preso na pequena estaca que agora podia ser arrancada a qualquer momento com sua enorme força de animal adulto, não abandonava seu companheiro. Não era nenhuma obrigação que os mantinham juntos, era mais. Era sentimento puro.

Um dia uma grande tempestade atingiu a aldeia e o indiano correu pra se abrigar deixando o elefante entre os raios e trovões. Com tanto medo, o elefante puxou forte e descobriu que poderia escapar dali a qualquer instante, e ir para qualquer outro lugar, para procurar abrigo ou uma nova vida. Mas não, escolheu ficar ali com seu amigo. E essa história se repetiu pelas várias tempestades que vieram: o elefante ficava na chuva e o indiano tentava se abrigar, sofrendo por não poder proteger seu melhor amigo.

Um dia veio uma daquelas tempestades capazes de mudar pra sempre o relevo de um lugar, de tirar uma aldeia do mapa, e aí o indiano viu que estava cansado daquele fardo, de sempre preocupar-se com o elefante e pouco poder fazer por ele. Mesmo amando-o, não conseguia ver o sofrimento do animal. Desistiu (ou pensou que desistiu?). Então ele gritou, gritou o mais forte que pode para o elefante coisas que talvez não fossem bem o que ele quisesse dizer. Mas disse. 'Vá! Vá embora daqui! Procure outro amigo, ou uma manada que te proteja! Vá e me deixe aqui! Não quero mais esse peso!', falou ele. No fundo ele disse tais palavras achando que o elefante não fosse embora de fato, não fosse pois não poderia ir - ele não sabia que o elefante sabia que podia ir. E o bicho foi. Pra surpresa do indiano, o elefante seguiu seu rumo. Ficaram os dois, então, sozinhos, caminhando cada um pra um lado procurando algo que eles já tinham encontrado.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ouça Alto! Ouça Sempre!!!

Baseado em Fatos Reais

Ela nunca imaginou que aquela quinta-feira seria diferente de tantas outras que já tinha vivido. Ela estava redondamente enganada, aquela quinta-feira, quente para o início de julho,  era o dia que mudaria sua vida. Naquele dia Ela conheceu Ele.

Ela, já tão desacreditada do amor, achou que Ele seria só mais um, que entraria e sairia tão rápido de sua vida quanto o carteiro entra no hall de seu prédio pra entregar as cartas. Mais uma vez ela estava redondamente enganada. Num piscar de olhos Ele se transformou em algo que ela nunca conhecera antes. Ela não sabia explicar, ele tampouco.

Ela, então, vivia uma história completamente nova, apesar de pensar que já conhecia o amor, que já sabia como viver sua dor e delícia e como escapar de suas armadilhas. Ela, pela terceira vez, estava redondamente enganada. Ela amou pela primeira vez e aquilo foi forte demais. Ela se perdeu no caminho.

Ela achou que aquele sentimento imenso que tinha, aquele amor gigante dentro do peito, duraria para sempre. Então, pela quarta vez... Ah, não! Dessa vez ela não estava redondamente enganada. Um amor forte assim dura para sempre. O que não durou foi a história deles dois. Ela ficou cega, tornou-se destrutiva e totalmente incoerente. Encheu-se de razão e não pode enxergar que seu amor não era o único. Existia o amor dele, que ela parecia ignorar. E eles separaram-se.

Ela um dia recebeu uma carta dizendo:

'Qual é a sensação de estar nesses braços?
Como é realmente ser amado?
Eu estive sozinho até agora, mas por quanto tempo?
Você alguma vez amou como eu?
Eu frequentemente tenho pensado
em quem poderia te amar do jeito que eu te amo.
Eu só queria que você saiba
o quanto eu entro em contato com a minha alma
quando eu estou ao seu lado.
Eu preciso de você cada dia mais.
Amor, me ligue quando você LER isso!'
...

Ela leu rapidamente a carta, como de costume faz todas as coisas tamanha sua ansiedade, deve até ter passado por cima de algumas outras linhas que estavam lá. Tinha mais coisa na carta, lindas palavras, tocantes, profundas. Ela leu, e não LEU como Ele queria. Ela leu, e entendeu que aquilo era sinal de que Ele sofria também e que talvez quisesse uma reconciliação e que Ela deveria entrar em contato o quanto antes. Agora sim ela estava redondamente enganada pela quarta vez.

Ela foi imatura, previsível e imediatista. Vocês até podem duvidar da inteligência dela, mas quem não se torna um pouco estúpido quando se trata de amor, principalmente se você está longe do seu? A distância e o tempo machucam, e machucaram Ela. Mas a dor nos transforma e, de repente, essa dor transformadora fez Ela estar, pela primeira vez, redondamente certa.

Ela voltou a ler a carta, várias e várias vezes aquelas belas linhas, saboreando cada letra, cada vírgula, cada ponto final. E, finalmente, Ela pode entender: o amor dela não é o único, não é o maior, a dor dela não é a que mais dói. Ele também ama, em igual teor e forma. Ele a ama profundamente e sofre por Ela não perceber isso, e sofre por ter que estar separado. Ele ama o seu jeito e seus defeitos, seus sorrisos e seus tropeços. Ama, e ama muito.

Ela finalmente LEU a carta e entendeu que o amor só precisa de uma pessoa pra existir, mas de duas pra se concretizar. Ela precisa aceitar esse amor que vem dele, confiar nesse amor puro, viver esse amor que Ele tem pra dar, assim como ela quer que Ele receba e acredite no amor dela. Aí sim, aí ela deve ligar e eles viverão felizes para sempre.

Com a colaboração de In Anexo 

domingo, 3 de abril de 2011

Nem hoje, nem amanhã, nem nunca!

Tem dias em que as coisas são bem mais dificeis, tem dias em que a dor é massacrante e parece insuportável. Eu já me habituei com a idéia fixa de você repetindo, repetindo e repetindo na minha cabeça como se fosse aquele meu velho disco preferido arranhado. Eu tento variar, mas você é assunto recorrente nas conversas de mim comigo mesmo. Ao menos consegui parar de externalizar, as pessoas já estavam achando o assunto fora de moda, como falar de Big Brother Brasil 11, por exemplo. Hoje em dia é tudo tão rápido, tão veloz, tão efêmero. Mas você não. Você é minha manchete há vários dias, há vários meses, e não parece querer sair de pauta tão cedo.

Eu fico horas analizando racionalmente o meu amor, como se isso fosse possível de ser feito. Mas eu tento. Eu tento descobrir se eu apenas havia me acostumado com sua presença em minha vida, me acostumado com teu riso, com teu sorriso, teu sexo, com teus defeitos, teus cheiros e manias. Penso e repenso e não chego à essa conclusão, por mais que eu queira, por mais que me digam que essa abstinência de você é só saudosismo, e não saudade. É saudade, sim. É saudade e é amor. Eu tenho certeza de que é amor.

Ao meus amores passados, perdão. Vocês não passaram de pequenas paixões ou de ensaios de amor. Eles foram o ensaio para a grande obra-prima que eu viria estreiar, a dois, com você, e que hoje tem a temporada interrompida e por isso me rasga o coração. Está tudo pronto: os figurinos, os textos, as luzes, o palco do nosso coração está pronto pra receber as maiores atuações de nossas vidas; só parece que está faltando direção. O que terá acontecido com o diretor? Até a platéia está pronta pra asisstir a esse grande sucesso, e ela acredita no sucesso, nos apoia no sucesso. Então por que os atores estão com receio de entrar em cena?

Nunca na minha vida me senti tão sozinho estando tão acompanhado como nesses dias. Eu nunca senti tanto medo mesmo estando tão destemido. Nunca estive tão perdido mesmo sabendo exatamente onde estou e pra onde vou. Não sei como posso estar tão feliz por estar caminhando firme em direção ao que eu sempre quis se você não está ao meu lado. Eu não me acostumei com sua presença em minha vida, é amor mesmo. Eu não me acostumei com você dentro da minha vida e muito menos vou me acostumar com você fora dela.

sábado, 2 de abril de 2011

Caminhão de Mudança

Cada vez que passo por prédios onde há aquelas placas de 'ALUGA-SE' em algum apartamento me corre um frio na espinha. Não que as placas sejam assustadoras, mas é que elas me lembram mudança. E mudança é. Tenho certeza que muita gente compartilha comigo esse pavor.

Remexer gavetas, empacotar coisas que acumulamos durante anos, que estão empoeiradas e não sabemos se ainda nos são úteis, selecionar de fato as que são importante e ter que se desfazer daquilo que de nada mais serve para nós, me apavora. Além de ter que carregar as pesadas caixas, umas ainda sem a ajuda de ninguém, por que guardam nossos mais preciosos cristais e só nós sabemos como carregá-las.

Nas mudanças sempre gastamos muito tempo, muita saúde emocional, mas mudar é preciso. Às vezes estamos sufocados naquele pequeno apartamento ou estamos sufocando quem o divide conosco. Estamos atrapalhando mesmo, nossas manias já não são mais toleradas, nossa presença está incomodando e a mudança se torna imprescindível, inevitável. Por mais que doa, por mais que canse, por mais que assuste.

Eu tô de mudança, contei pra vocês? No começo gelei só de pensar em todo o longo caminho que teria pela frente, mas hoje já estou bem avançado no processo, já chamei o caminhão e estou selecionando o que vai e o que fica, o que vai ser útil ou não no meu novo cantinho. Tem muita gente me ajudando, afinal seria orgulho besta não aceitar ajuda, e (surpresa!) está sendo incrível, uma experiência mais gratificante do que imaginei que seria. Não, não estou mudando de apartamento, estou mudando para um novo eu. Ele ainda não está pronto, tem umas caixas a serem abertas, várias coisas a serem organizadas, outras a serem jogadas fora, mas já dá pra receber os bons amigos pra uma visitinha.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

1º de Abril

Tradicionalmente o dia 1º de Abril é chamado de Dia dos Bobos, aquele dia em que colegas de aula ou de trabalho fazem piadinhas sem graça ou contam pequenas mentiras para divertir uns aos outros. Nem todo mundo gosta das brincadeiras desse dia, eu adoro. E comemoro esse MEU dia!

Eu sou um bobo, um bobalhão, um paspalho. Eu acredito no amor, naquele amor que vence dificuldades, que vale mais do que qualquer medo ou decepção. Sou um idiota, que acredita nas pessoas, nas pessoas que agem sem segundas intenções, nas pessoas que vão enxergar além da minha casca e não vão pensar que tudo é feito de caso pensado.

No dia de hoje eu comemoro o meu dia, e o dia de todos aqueles que acreditam ainda na honestidade, na camaradagem, na fidelidade de alma. Dia de todos aqueles que acreditam que a vida deve ser vivida plenamente e que a a felicidade não está no fim da viagem, e sim ao longo dela. Se você também é assim, parabéns pra você! Assinado: Sr. Bobo da Silva.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Casca de Ferida

Hoje pela manhã fui ao dentista para uma consulta de rotina. Radiografias, limpeza, olha daqui, olha dali, hum, ah, hum, muito bem. No final da história, nenhuma cárie, dentes mais brancos e livres de placa e tártaro. Ao sair do consultório, estarei livre por pelo menos mais 6 meses, mas não antes de ouvir que 'você tem umas restaurações antigas que estão feias e breve teremos que trocá-las'. Aí que mora o perigo.

Se tem uma coisa que eu nunca gostei foi remexer em feridas fechadas, sejam elas cáries ou dores de amor. Porque fazer sangrar de novo algo que já doeu tanto? Não consigo ver a razão, por isso não gosto de deixar pra depois, gosto do agora, de fuçar enquanto há sangue, enquanto há carne viva e dor pulsante. Uns dizem que é sadismo meu, outros que é puro egoísmo e ansiedade, que eu não consigo esperar e tudo deve ser sempre do meu jeito. Eu enxergo como praticidade.

A ferida está feia, hemorrágica, delicada e tudo pode se romper. Ok, então podemos esperar um pouco. Vamos refletir sobre o que fazer mas não vamos esperar cicatrizar, porque senão é masoquismo! E outra, se esperar demais a gente vai até ter medo ou preguiça de mexer naquela cicatriz, mesmo que ela seja um daqueles quelóides enormes, feios, que vão estar ali à mostra pra sempre, fazendo-nos lembrar do que o trouxe.

Enfim, eu não gosto de arrancar casca de ferida e tampouco vou gostar de retirar as resinas dos meus dentes. São velhas mas protegem meus nervos, e não os quero expostos pois já tenho coisa demais exposta por esses dias: um músculo cardíaco a céu aberto, doendo e ferido. Por enquanto, quero só resolver o que está aberto, enquanto ainda está aberto.

PS.: No fim da consulta recebi uma amostra grátis de Sensodyne Alívio Rápido, que vai ser muito útil para a sensibilidade dos meus dentes mas de nada vai adiantar pro meu coração sensível.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Quando não há mais nada a fazer

É longa a espera por algo que, sabe-se, não vai chegar. É longa e dolorosa a espera quando você sabe que não há nada que possa fazer a não ser esperar. Falam por aí que quem espera cansa, mas não é bem assim. Quem espera por algo que não vai chegar sofre, se maltrata, é corroído pela ansiedade. Mas ainda assim espera. Espera ao telefone por uma ligação que não vai receber. Espera por um e-mail que não vai entrar, por uma carta que o carteiro não vai trazer, por um sinal de fumaça que ninguém vai emitir. E ainda assim espera.

O coração, dizem, é um músculo. Já eu acredito ser uma máquina de criar esperanças, e esperanças tão fortes que perduram mesmo quando a razão, menos potente mas mais sábia, diz: GAME OVER! A espera continua, continua por que esse maldito coração faz bem, faz muito bem aquilo que ele é programado pra fazer. As esperanças são como as caixas pretas dos aviões.

Eu pouco sei do resto das pessoas no mundo, mas eu sempre fui esperançoso, e posso dizer, portanto, que meu coração funciona muito bem. Então, é melhor vocês irem tomar um café ou procurar algo melhor pra fazer, porque eu tenho algo muito importante a esperar. Muito importante e que não vai chegar. Mas vou ficar aqui, esperando.

When Enough is Enough?

Quantas vezes pensamos que estamos insistindo num erro, e que isso não nos levará longe? Pode ser um emprego, pode ser um projeto ou um relacionamento. Muitas vezes existe tanta dor, tantas coisas que não nos agradam, que chegamos a duvidar da nossa inteligência por continuarmos tentando fazer funcionar uma coisa que simplesmente não funciona. Nos sentimos como quem compra o AB Toner ou o Elyseé Belt, ou qualquer uma dessas tranqueiras de ginástica passiva: uns tolos. Não vai funcionar.

Mas, e se o emprego, esse projeto ou esse relacionamento forem o sonho de toda uma vida? E soubermos que ali pode morar - e mora! - nossa felicidade? E se ali tivermos um Super Juicy Maker Walitta potente e eficiente, mas com milhões de complicadas peças que só não estamos conseguindo fazer funcionar porque exige muito e nós queremos o que é fácil? Cansa ler manual, é chato. Melhor então comprar pronto. Mas o suco de caixinha não é seu sonho, nem perto dele, e sim o suco multivitaminado feito em casa que é! Será que não vale a pena aprender o funcionamento daquela máquina? Não vale a pena insistir?

Eu me pergunto sempre: quando o bastante é o bastante? Quando é a hora de parar de insitir? Quando eu não quero mais tentar? Acho que cada um tem seu limite, mas o que posso afirmar é que, enquanto existir o sonho, houver paixão e, acima de tudo, o sentimento dentro do seu peito for tão forte que você mesmo cansado ainda sente que deveria continuar, ainda não é o bastante. Pare de reclamar, junte todas as peças do seu processador e mãos à obra! Vá ser feliz, vai valer a pena.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Primeira Vez

Quantas primeiras vezes temos durante a vida? Incontáveis. Primeira vez na escola, primeira vez no sexo, primeira vez na Europa. Nada como uma primeira vez, nada é igual como na primeira vez. Tem coisas que continuam boas na segunda, na terceira vez, e tem coisas que são tão boas que cada vez parece a primeira vez. Mas nem só de coisas boas são feitas as primeiras vezes: primeira vez que seu cheque é devolvido, que o seu carro é roubado, primeira vez que uma cirurgia é necessária. 

O fato é que, a primeira vez a gente nunca esquece. E eu tenho certeza de que a primeira vez que eu sofri por amor, eu jamais vou esquecer. 

Eu que pensei que já havia sofrido muito por amor por ser um homem tão passional, não sabia de nada. Não sabia que a dor da saudade corta, aperta, maltrata, machuca. Não sabia que distância dos corpos sufoca mais que um saco plástico na cabeça. Não sabia que a dor anda de montanha-russa dentro do nosso coração: dói, dói muito, dói, dói muuuuuuuuito. Quando chega no looping, a gente quase se arrebenta. Eu não sabia o quanto doía, até sofrer pela primeira vez. Mas o que eu não sabia mesmo é que essa não era a primeira vez que eu sofria por amor, era a primeira vez que eu amava de verdade.

domingo, 27 de março de 2011

Quem escreve esse blog?

Quem explica quem sou eu? Um turista nesse mundo, curioso e sedento por descobertas. Alguém que quer ver o novo, ou o velho através de novos olhos, de um novo olhar. Aquele que quer entender o mundo mas sabe que não vai, vai no máximo tirar algumas dúvidas porque o tempo é curto.
Um gaúcho radicado em Curitiba, radical às vezes, manso quase sempre. Alguém que descobriu que veio a passeio nesse mundo, veio aproveitar o que esse mundo tem de melhor: o ser humano! Um homem que achava que nunca cresceria, mas que, enfim, cresceu! Não mais um menino, um homem. Trabalha com a razão, mas vive com emoção.
Trabalha com química, estuda design, se expressa com letras, muitas letras. É ambíguo, difícil de ler. Mas não é impossível. Alguém que não sabia o que queria, mas agora sabe. Quer respostas!