quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estrela Cadente

Se hoje eu olhasse pra esse céu lindo, limpo e visse uma estrela cadente, e pudesse fazer um único pedido, unzinho só, ele seria: Estrela, estrelinha, me ajude a não mergulhar de cabeça! Nem na piscina, nem no mar de Ipanema, muito menos no amor. Muito menos no amor.

Como que faz, Estrelinha? A gente gosta, o coração tá cheio de coisa boa, de planos, de alegria, e ele então acelera, aceleeeeeeeeera! A cabeça daí chega e manda por o pé no freio, só que ele não quer obedecer. Como que a gente faz, hein?! Eu não vi você hoje, Estrelinha, acho que você não estava afim de cair, de ser estrela cadente! Mas o meu coração, esse bobo, tá louco pra despencar e se entregar! Eu tô avisando - vá com calma! - mas acho que ele não me ouve mais e uma ajuda sua cairia muito bem, com o perdão da redundância. Então... CAIA, Estrelinha, pra que eu possa fazer-te o meu pedido!

O tempo passa, a gente cresce e amadurece. Aprendemos com a vida e aprendemos também que tudo tem o seu tempo, que devemos saborear lentamente o melhor dessa nossa jornada. Que lindo isso! No papel, porque quem se apaixona tem pressa.

Estrelinha, dessa vez eu quero quero ir com calma, quero aproveitar cada segundo devagarzinho pra que tudo dure, e dure muito, dure pra sempre. Sozinho eu sei que tá dureza, por isso, CAIA LOGO, pôxa! Caia logo, eu tenho um pedido urgente a fazer.

PS.: Esse post de hoje é em homenagem a uma estrela muito brilhante, que me deixou já faz 9 anos (mas parece que foi ontem!). Hoje seria o aniversário dela! Brilha, vózinha, brilha e continua mandando tua luz aqui pra gente! O amor que conheci em ti é a coisa mais linda que levarei pra sempre comigo!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

As Quatro Estações

Eu não consigo conviver comigo mesmo, parece que vivo as quatro estações num mesmo dia! Como numa terra afetada pelo aquecimento global, meu clima interno está completamente desregulado, desgovernado.

À tarde choro, caem lágrimas como caem as folhas no Outono. Na verdade, caem mais!

À noite estou duro, frio como uma lâmina, sofrendo gelado como no mais rigoroso Inverno!

Na madrugada a ansiedade bate à minha porta, e chega linda como as flores na Primavera. Linda e avassaladora, como a esperança que volta a nascer no meu peito.

De manhã, vivo o Verão mais alegre, daqueles cariocas, só sorrisos e banhos de mar! Mas até quando?

Tudo isso é culpa do Aquecimento Global! Ele vem e me aquece por inteiro, põe um calor danado no meu peito, tanto que até sinto um efeito estufa! Seria cômico se não fosse trágico!

Bem, o que sei é que o G10 tá reunido e tomando suas providências: vai acabar com esse calor. Deixar ele bem longe de mim. Ou é isso, ou eu me queimo de vez!

sábado, 16 de abril de 2011

My Wild Days Are Gone

E chega um dia que a gente olha no espelho e não reconhece mais aquela pessoa que aparece. Quando foi que ela chegou? Quando foi que ela veio de mala e cuia, e se instalou nesse corpo sem pedir licensa, botando essa banca toda? Não sei, mas graças a Deus ela veio! 'Obrigado por ter chegado, você é muito bem vindo e estava sendo aguardado ansiosamente.'

Pra alguns pode parecer velhice ou chatice quando seu melhor amigo perde aquele pique para as noitadas regadas a muita loucura, quando prefere ficar uma sexta à noite lendo um livro, quando acorda cedo num domingo pra fazer uma caminhada e depois um almoço praquela amiga que agora parece ter tomado seu lugar na vida dele. 'Meu amigo perdeu todo seu charme.' Não, ele não perdeu nada, ele ganhou. Ganhou uma coisa chamada maturidade, e um dia você ganhará também.

Todo mundo acordará assim, diferente, um dia. Uns mais cedo, outros mais tarde. Assim como na volta de uma festa sempre tem aqueles que precisam dormir um pouco mais, também é na vida. Mas todos acabam acordando. E nesse dia você deixa algumas coisas  pra trás e, em compensação, um mundo de novas possibilidades se abre à sua frente.

Eu sempre pensei que, quando esse dia chegasse pra mim, minha vida teria acabado. Era o fim da diversão, o fim da bebedeira, o fim das farras, do sexo fácil. O FIM! E o que eu descubro? Descubro que a vida recomeça agora! Novos sonhos, novas necessidades, novo fôlego. Um garotinho com mais uma vida inteira pela frente!

PS.:Também descobri que sofrer por amor é melhor do que não amar. Que ciúme, assim como mágoa e inveja, só dói em mim. Que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. E que ninguém nessa vida vale mais para mim do que eu, porque, no final, serei só eu e eu mesmo. E não é egoísmo, não. É amor-próprio.

I'll be Waiting

Então, na vida da gente passamos por tanta coisa. Ultimamente tenho sentido algumas mudanças drásticas no meu comportamento. Tanto que isso será tema do próximo post. Mas eu preciso dizer aqui que sempre achei que quando estamos sofrendo, precisamos nos animar, sair, ouvir músicas alegres e blá blá blá! Não, precisamos sim entender por que estamos sofrendo e tratar disso! E se durante esse tratamento tu não quiser sair, quiser ouvir Adele e comer chicória, pois bem: faça! Mas não se abale! Vá em frente em busca da cura! Teremos muito tempo pra rir da vida ainda, e aproveitarmos cada momento dela!

Bem, então, só pra ilustrar esse momento mais intimista que tô vivendo, vai aí uma letrinha da minha querida Adele! :D Sei lá, acho que esse último cd dela, Deus encomendou para mim, pois ele já sabia o que eu viveria e 70% das músicas se encaixam perfeitamente!

I'll be Waiting


Hold me closer one more time,
Say that you love me in your last goodbye,
Please forgive me for my sins,
Yes, I swam dirty waters,
But you pushed me in,
I've seen your face under every sky,
Over every border and on every line,
You know my heart more than I do,
We were the greatest, me and you,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,
I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Let me stay here for just one more night,
Build your world around me,
And pull me to the light,
So I can tell you that I was wrong,
I was a child then, but now I'm willing to learn,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,

I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
I know I left you speechless,
I'll be waiting,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A dor que mais dói

Eis que acordo meio desanimado, chateado, pensando em quão injusta a madrasta vida está sendo comigo. Quero relaxar e espairecer assistindo algum desses programas matinais que ensinam a fazer bolo de ricota ou a emagrecer com farinha de jaboticaba verde. Enfim, não quero complicação pro meu lado. Ligo a televisão e qual não é a minha surpresa quando, ao invés de uma loira e um papagaio, eu vejo repórteres, sangue, dor e muita violência. Realmente, a madrasta, que não é só minha, começou cedo seu expediente.

O que se passa pela cabeça de um jovem de 24 anos que resolve acabar com sua vida, mas não sem antes levar embora o futuro de 12 crianças? Nunca saberemos. O que sabemos é o que fica: a dor. Impossível não se comover com a mãe desesperada em frente a escola do filho querendo saber se o menino que ela cuida há 14 anos, que ama mais do que a si mesma, está vivo ou morto dentro da sala de aula pra onde veio cedo de manhã aprender a ser um homem melhor. Eu chorei. Chorei muito por ela e com ela. Que pavor a dúvida.

A gente sempre acha que essas coisas não acontecem pelos lados de cá, esses massacres são coisas dos Estados Unidos e seus lunáticos. ' - Aqui não'. Mas aconteceu no Rio, aconteceu no Rio e poderia ter acontecido em Porto Alegre ou Fortaleza. A violência é vizinha de todos, ela paga IPTU caro também, não se enganem. O que fica pra mim é a certeza de que ninguém está livre de chegar ao ponto final precocemente e a única maneira de mudarmos esse cenário é desenvolvermos em nossas crianças - e em todos nós! - uma consciência coletiva de respeito e humanidade, de família, de respeito à vida, seja ela madrasta ou mãe carinhosa. E isso é urgente, ou aquela mãe não será a única a sofrer em frente às câmeras. Todos nós acabaremos compartilhando um dia dessa dor, que é a dor que dói mais. A dor da saudade de quem nos deixou muito antes da hora.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os Outros

Aproveitando que tem show deles aqui em Curitiba dia 14, posto esse clipe curtinho, duma música forte, suavemente cantada pela Paula Toller. I mean it

Kid Abelha - Os Outros (Acústico MTV)

Um até logo...

Demorou, mas enfim chegou a hora. Eu tentei evitar porque despedidas são doídas, são sofridas. Mas um dia chega a hora e a nossa chegou. É melhor eu não me alongar, o ônibus já está ali, quase partindo, e ficar aqui só vai nos machucar mais. 

Eu tentei trocar a passagem várias vezes, trocar o horário, trocar o destino, te levar junto, mas não deu. Você tem suas coisas aqui, a casa precisa de um jeito, tem muita roupa pra lavar, muita coisa pra organizar. Tem que arrastar os móveis, viu, tem poeiras de tempos atrás que também precisam ser limpas. Perdão, você sabe o serviço a fazer.

Eu vou, vou chegar bem, e tenho um novo trabalho que vai exigir muito de mim. A memória foi feita pra lembrar, não pra esquecer. É um grande desafio, mas vou arregaçar as mangas e não vou fugir dele. Tenho também a minha casa pra montar, tu lembra que deixei as janelas abertas ao sair e a última ventania acabou bagunçando tudo por lá. Vou ter bastante serviço, mas tenho os braços fortes.

Então é isso, estou indo. Qualquer dia apareça por lá, tu sabe que pra mim é mais difícil vir para cá já que tu não gosta de receber visitas sem aviso. Aparece, vou estar de braços abertos te esperando, com um chimarrão quente e boas risadas pra lembrarmos do melhor tempo da minha vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma das mais lindas estórias...

Brandi Carlile - The Story

Um Conto Infantil

Era uma vez, no sul da Índia, um pequeno filhote de elefante que havia se perdido da manada e ficara rondando uma aldeia em busca de comida e proteção. Vários meninos tentaram domar o elefantezinho sem nenhum sucesso, pensavam até que esse seria um animal selvagem para sempre e acabaria morrendo sozinho. Até que um dia chegou à aldeia um jovem rapaz vindo do sudeste indiano e conquistou a simpatia do pequeno animal.O rapaz, então, prendeu o elefante com uma corda bem forte, dessas bem fortes mesmo, quase indestrutíveis, que duram uma vida toda - e uma vida longa! - e o amarrou a uma pequena estaca. O elefante até tentou soltar-se algumas vezes mas logo percebeu que era impossível, estava refém do rapaz.

O tempo foi passando e o rapaz era agora um homem e o elefante um grande animal, tão grande quanto o sentimento que nutriam um pelo outro. O carinho e o cuidado entre eles era gigante, mesmo sendo o elefante desajeitado às vezes e acabar machucando o indiano com suas enormes patas e o indiano esquecer vez ou outra da comida preferida do elefante. Era invejável a relação entre os dois e por toda a Índia se comentava desse amor. O indiano não deixava o seu elefante e o elefante, ainda que preso na pequena estaca que agora podia ser arrancada a qualquer momento com sua enorme força de animal adulto, não abandonava seu companheiro. Não era nenhuma obrigação que os mantinham juntos, era mais. Era sentimento puro.

Um dia uma grande tempestade atingiu a aldeia e o indiano correu pra se abrigar deixando o elefante entre os raios e trovões. Com tanto medo, o elefante puxou forte e descobriu que poderia escapar dali a qualquer instante, e ir para qualquer outro lugar, para procurar abrigo ou uma nova vida. Mas não, escolheu ficar ali com seu amigo. E essa história se repetiu pelas várias tempestades que vieram: o elefante ficava na chuva e o indiano tentava se abrigar, sofrendo por não poder proteger seu melhor amigo.

Um dia veio uma daquelas tempestades capazes de mudar pra sempre o relevo de um lugar, de tirar uma aldeia do mapa, e aí o indiano viu que estava cansado daquele fardo, de sempre preocupar-se com o elefante e pouco poder fazer por ele. Mesmo amando-o, não conseguia ver o sofrimento do animal. Desistiu (ou pensou que desistiu?). Então ele gritou, gritou o mais forte que pode para o elefante coisas que talvez não fossem bem o que ele quisesse dizer. Mas disse. 'Vá! Vá embora daqui! Procure outro amigo, ou uma manada que te proteja! Vá e me deixe aqui! Não quero mais esse peso!', falou ele. No fundo ele disse tais palavras achando que o elefante não fosse embora de fato, não fosse pois não poderia ir - ele não sabia que o elefante sabia que podia ir. E o bicho foi. Pra surpresa do indiano, o elefante seguiu seu rumo. Ficaram os dois, então, sozinhos, caminhando cada um pra um lado procurando algo que eles já tinham encontrado.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ouça Alto! Ouça Sempre!!!

Baseado em Fatos Reais

Ela nunca imaginou que aquela quinta-feira seria diferente de tantas outras que já tinha vivido. Ela estava redondamente enganada, aquela quinta-feira, quente para o início de julho,  era o dia que mudaria sua vida. Naquele dia Ela conheceu Ele.

Ela, já tão desacreditada do amor, achou que Ele seria só mais um, que entraria e sairia tão rápido de sua vida quanto o carteiro entra no hall de seu prédio pra entregar as cartas. Mais uma vez ela estava redondamente enganada. Num piscar de olhos Ele se transformou em algo que ela nunca conhecera antes. Ela não sabia explicar, ele tampouco.

Ela, então, vivia uma história completamente nova, apesar de pensar que já conhecia o amor, que já sabia como viver sua dor e delícia e como escapar de suas armadilhas. Ela, pela terceira vez, estava redondamente enganada. Ela amou pela primeira vez e aquilo foi forte demais. Ela se perdeu no caminho.

Ela achou que aquele sentimento imenso que tinha, aquele amor gigante dentro do peito, duraria para sempre. Então, pela quarta vez... Ah, não! Dessa vez ela não estava redondamente enganada. Um amor forte assim dura para sempre. O que não durou foi a história deles dois. Ela ficou cega, tornou-se destrutiva e totalmente incoerente. Encheu-se de razão e não pode enxergar que seu amor não era o único. Existia o amor dele, que ela parecia ignorar. E eles separaram-se.

Ela um dia recebeu uma carta dizendo:

'Qual é a sensação de estar nesses braços?
Como é realmente ser amado?
Eu estive sozinho até agora, mas por quanto tempo?
Você alguma vez amou como eu?
Eu frequentemente tenho pensado
em quem poderia te amar do jeito que eu te amo.
Eu só queria que você saiba
o quanto eu entro em contato com a minha alma
quando eu estou ao seu lado.
Eu preciso de você cada dia mais.
Amor, me ligue quando você LER isso!'
...

Ela leu rapidamente a carta, como de costume faz todas as coisas tamanha sua ansiedade, deve até ter passado por cima de algumas outras linhas que estavam lá. Tinha mais coisa na carta, lindas palavras, tocantes, profundas. Ela leu, e não LEU como Ele queria. Ela leu, e entendeu que aquilo era sinal de que Ele sofria também e que talvez quisesse uma reconciliação e que Ela deveria entrar em contato o quanto antes. Agora sim ela estava redondamente enganada pela quarta vez.

Ela foi imatura, previsível e imediatista. Vocês até podem duvidar da inteligência dela, mas quem não se torna um pouco estúpido quando se trata de amor, principalmente se você está longe do seu? A distância e o tempo machucam, e machucaram Ela. Mas a dor nos transforma e, de repente, essa dor transformadora fez Ela estar, pela primeira vez, redondamente certa.

Ela voltou a ler a carta, várias e várias vezes aquelas belas linhas, saboreando cada letra, cada vírgula, cada ponto final. E, finalmente, Ela pode entender: o amor dela não é o único, não é o maior, a dor dela não é a que mais dói. Ele também ama, em igual teor e forma. Ele a ama profundamente e sofre por Ela não perceber isso, e sofre por ter que estar separado. Ele ama o seu jeito e seus defeitos, seus sorrisos e seus tropeços. Ama, e ama muito.

Ela finalmente LEU a carta e entendeu que o amor só precisa de uma pessoa pra existir, mas de duas pra se concretizar. Ela precisa aceitar esse amor que vem dele, confiar nesse amor puro, viver esse amor que Ele tem pra dar, assim como ela quer que Ele receba e acredite no amor dela. Aí sim, aí ela deve ligar e eles viverão felizes para sempre.

Com a colaboração de In Anexo 

domingo, 3 de abril de 2011

Nem hoje, nem amanhã, nem nunca!

Tem dias em que as coisas são bem mais dificeis, tem dias em que a dor é massacrante e parece insuportável. Eu já me habituei com a idéia fixa de você repetindo, repetindo e repetindo na minha cabeça como se fosse aquele meu velho disco preferido arranhado. Eu tento variar, mas você é assunto recorrente nas conversas de mim comigo mesmo. Ao menos consegui parar de externalizar, as pessoas já estavam achando o assunto fora de moda, como falar de Big Brother Brasil 11, por exemplo. Hoje em dia é tudo tão rápido, tão veloz, tão efêmero. Mas você não. Você é minha manchete há vários dias, há vários meses, e não parece querer sair de pauta tão cedo.

Eu fico horas analizando racionalmente o meu amor, como se isso fosse possível de ser feito. Mas eu tento. Eu tento descobrir se eu apenas havia me acostumado com sua presença em minha vida, me acostumado com teu riso, com teu sorriso, teu sexo, com teus defeitos, teus cheiros e manias. Penso e repenso e não chego à essa conclusão, por mais que eu queira, por mais que me digam que essa abstinência de você é só saudosismo, e não saudade. É saudade, sim. É saudade e é amor. Eu tenho certeza de que é amor.

Ao meus amores passados, perdão. Vocês não passaram de pequenas paixões ou de ensaios de amor. Eles foram o ensaio para a grande obra-prima que eu viria estreiar, a dois, com você, e que hoje tem a temporada interrompida e por isso me rasga o coração. Está tudo pronto: os figurinos, os textos, as luzes, o palco do nosso coração está pronto pra receber as maiores atuações de nossas vidas; só parece que está faltando direção. O que terá acontecido com o diretor? Até a platéia está pronta pra asisstir a esse grande sucesso, e ela acredita no sucesso, nos apoia no sucesso. Então por que os atores estão com receio de entrar em cena?

Nunca na minha vida me senti tão sozinho estando tão acompanhado como nesses dias. Eu nunca senti tanto medo mesmo estando tão destemido. Nunca estive tão perdido mesmo sabendo exatamente onde estou e pra onde vou. Não sei como posso estar tão feliz por estar caminhando firme em direção ao que eu sempre quis se você não está ao meu lado. Eu não me acostumei com sua presença em minha vida, é amor mesmo. Eu não me acostumei com você dentro da minha vida e muito menos vou me acostumar com você fora dela.

sábado, 2 de abril de 2011

Caminhão de Mudança

Cada vez que passo por prédios onde há aquelas placas de 'ALUGA-SE' em algum apartamento me corre um frio na espinha. Não que as placas sejam assustadoras, mas é que elas me lembram mudança. E mudança é. Tenho certeza que muita gente compartilha comigo esse pavor.

Remexer gavetas, empacotar coisas que acumulamos durante anos, que estão empoeiradas e não sabemos se ainda nos são úteis, selecionar de fato as que são importante e ter que se desfazer daquilo que de nada mais serve para nós, me apavora. Além de ter que carregar as pesadas caixas, umas ainda sem a ajuda de ninguém, por que guardam nossos mais preciosos cristais e só nós sabemos como carregá-las.

Nas mudanças sempre gastamos muito tempo, muita saúde emocional, mas mudar é preciso. Às vezes estamos sufocados naquele pequeno apartamento ou estamos sufocando quem o divide conosco. Estamos atrapalhando mesmo, nossas manias já não são mais toleradas, nossa presença está incomodando e a mudança se torna imprescindível, inevitável. Por mais que doa, por mais que canse, por mais que assuste.

Eu tô de mudança, contei pra vocês? No começo gelei só de pensar em todo o longo caminho que teria pela frente, mas hoje já estou bem avançado no processo, já chamei o caminhão e estou selecionando o que vai e o que fica, o que vai ser útil ou não no meu novo cantinho. Tem muita gente me ajudando, afinal seria orgulho besta não aceitar ajuda, e (surpresa!) está sendo incrível, uma experiência mais gratificante do que imaginei que seria. Não, não estou mudando de apartamento, estou mudando para um novo eu. Ele ainda não está pronto, tem umas caixas a serem abertas, várias coisas a serem organizadas, outras a serem jogadas fora, mas já dá pra receber os bons amigos pra uma visitinha.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

1º de Abril

Tradicionalmente o dia 1º de Abril é chamado de Dia dos Bobos, aquele dia em que colegas de aula ou de trabalho fazem piadinhas sem graça ou contam pequenas mentiras para divertir uns aos outros. Nem todo mundo gosta das brincadeiras desse dia, eu adoro. E comemoro esse MEU dia!

Eu sou um bobo, um bobalhão, um paspalho. Eu acredito no amor, naquele amor que vence dificuldades, que vale mais do que qualquer medo ou decepção. Sou um idiota, que acredita nas pessoas, nas pessoas que agem sem segundas intenções, nas pessoas que vão enxergar além da minha casca e não vão pensar que tudo é feito de caso pensado.

No dia de hoje eu comemoro o meu dia, e o dia de todos aqueles que acreditam ainda na honestidade, na camaradagem, na fidelidade de alma. Dia de todos aqueles que acreditam que a vida deve ser vivida plenamente e que a a felicidade não está no fim da viagem, e sim ao longo dela. Se você também é assim, parabéns pra você! Assinado: Sr. Bobo da Silva.